Sapatos, malas, aparelhos eletrónicos, tecnologia e até carros. Não há, aparentemente, nada que as companhias e empresas chinesas não consigam copiar. Se procura o status da marca, sem querer desembolsar muito dinheiro, a China é o melhor local para procurar o que deseja.
A razão parece simples, há mercado para estes produtos, com milhares de consumidores desejosos de possuir bens de conceituadas marcas estrangeiras, não tendo, no entanto o poder económico para tal.
Ora, embora a razão pareça simples, a explicação para tão flagrante violação da lei da propriedade intelectual é mais complexa.
A questão reside na proteção da patente. No Ocidente, sabemos que não é possível, pura e simplesmente, copiar a ideia ou produto já patenteado. Os criadores e inventores estão protegidos por leis que regulam a propriedade intelectual.
Na China, esta noção é ainda relativamente recente. Neste país, é possível apresentar uma patente a autoridade competente, que apenas verifica se esta é apresentada correctamente, sem qualquer averiguação relativa à inovação da mesma. Ora parece um negócio simples, para as companhias chineses. A quebra destas patentes e direitos, é à luz da lei local, difícil de provar pelas empresas ocidentais, nos tribunais chineses, que parecem favorecer as companhias nacionais.
Embora a China integre a OMC/WTC, e em teoria as leis de protecção da propriedade intelectual sejam similares às suas congéneres europeias e norte-americanas, na prática isto não se verifica.
No entanto, o paradigma parece estar a mudar. Recentemente, tem vindo a crescer o número de empresas chinesas a processarem outras companhias por violação dos direitos de protecção da propriedade intelectual.
Também os consumidores chineses estão a mudar, atribuindo hoje mais valor a qualidade dos produtos que adquirem. E fruto do crescimento económico do país, dispõem de mais recursos para gastar em marcas internacionais.
A China parece seguir à risca a velha máxima, a cópia é forma mais sincera de elogio.
Por anyjoe25